Crédito do Trabalhador é uma nova modalidade de crédito consignado que abrange todos os trabalhadores com carteira assinada, enquanto no modelo anterior os trabalhadores do setor privado dependiam de convênios de seus empregadores com os bancos para ter acesso às linhas.
O novo modelo, sobretudo, dá uma garantia para os bancos: até 10% do saldo do FGTS, bem como a multa rescisória, ficam como garantia de que o empréstimo será pago mesmo que o trabalhador seja demitido.
O governo Lula vende o programa como se fosse algo vantajoso. Não é. O próprio ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirma que os juros são de cerca de 5% a 6% ao mês.
O endividamento já é um problema crônico no país, com 76,1% das famílias brasileiras estando endividadas em 2025, segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC).
Para piorar, o prazo para a quitação do empréstimo é de até 96 meses. A permanência média de um emprego no Brasil é de, em média, apenas 24 meses, de acordo com dados de 2023 do Ministério do Trabalho.
Assim, muitos trabalhadores terão que usar seu FGTS e verbas rescisórias para quitar dívidas quando mudarem de emprego. Caso esses valores não sejam suficientes, levarão a dívida para o próximo trabalho.
Quem é o maior beneficiário do Crédito do Trabalhador? Os bancos.