A ação trumpista via tarifaço e o efeito cascata deste fato na política no país mostra como o bolsonarismo, na figura de Eduardo Bolsonaro e outras figuras cúmplices como os governadores da extrema-direita (Ratinho, Zema, Tarcísio, Caiado…), está claramente localizado como um ‘agente do imperialismo’ de forma descarada.
É o entreguismo dos “patriotas” ! Caiu a máscara cínica da extrema-direita!
É inédito na história do país uma corrente política trabalhar pelo prejuízo nacional a partir da sobretaxação das exportações, justamente o que afeta um setor fundamental da economia (atrasado, submisso e dependente) que é o ‘agro’.
Nem burguesia nacional nem a conciliação de Lula e sua Frente Ampla
Chama atenção os limites da burguesia – especialmente a exportadora – mais preocupada com seus interesses comerciais e lucros do que com um modelo econômico mais independente, algo possível mesmo no marco do capitalismo. São dependentes do imperialismo!
Tigres gigantes para explorar, arrochar os trabalhadores e destruir o meio ambiente;
gatinhos mansos ante o capital internacional do qual retiram seus lucros imensos
Enfrentar o imperialismo mesmo nos limites do sistema atual exigiria a construção de um projeto de nação independente que priorizasse o mercado interno abastecendo primeiro o povo, estruturasse uma indústria nacional utilizando os recursos minerais que temos, rompesse com o sistema da dívida pública que envia parte importante de nossas riquezas para o exterior, limitasse a remessa de lucro das multinacionais para o exterior, entre outras medidas.
A ruptura com esse modelo nunca esteve colocada na ordem do dia, nem por Lula e muito menos pela burguesia brasileira. Foi uma opção política: produzir bens agrícolas e matérias primas voltadas para a exportação e importar produtos industrializados, o que tornou o Brasil dependente desses mercados.
A burguesia liberal, aliada de Lula, também está presa a essa lógica e não vai bater de frente com o imperialismo: prefere forçar uma negociação a qualquer custo e entregar ‘alguns anéis’. Não é possível qualquer tipo de negociação que não seja soberana e que afaste as tentativas de ingerência imperialista e se baseie na mobilização social no país. Tudo indica que qualquer negociação – ainda não ocorreu – já parte de uma vantagem dos Estados Unidos, ou seja, o Brasil sai entregando aspectos da soberania ou conciliando por cima.
Defesa da soberania nacional: não aceitamos nenhuma interferência imperialista!
Fora Estados Unidos da América Latina! Fim imediato da ação militar!
Fora tarifaço – nenhuma ingerência imperialista!
Nenhuma negociação lesiva ao país / nenhuma perda de soberania!
Por uma alternativa dos trabalhadores – nenhuma confiança na conciliação de classes nem no modelo do agro e da burguesia exportadora!
Mobilização geral contra as ações do imperialismo
Precisamos repudiar as medidas de Trump de aumento da taxação contra a economia brasileira e a escalada militar na América do Sul a partir do argumento hipócrita de “combater o narcotráfico”. Os Estados Unidos querem se recolocar na economia mundial, retomando seu papel na geopolítica. Buscam aumentar a dependência econômica brasileira e agredir outras nações do continente. Isso pode causar desemprego e dificuldades aos trabalhadores e aos mais pobres.
Trump vinculou o aumento da taxação ao Brasil ao processo judicial contra Bolsonaro e defendeu anistia para os golpistas, ou seja: relacionou a política comercial e a economia a um fato político interno, algo inaceitável mesmo para o padrão desta política burguesa tradicional e apodrecida.
Somente a classe trabalhadora poderá enfrentar Trump de forma plena e construir um novo país livre de qualquer forma de dependência. A luta pela soberania nacional passa por romper com a burguesia e construir uma alternativa anti-imperialista e anticapitalista!
Dia 7 de setembro, ampla luta unitária em todo Brasil.
Às ruas e que as direções do movimento social brasileiro saiam desse comodismo!
Mobilização direta dos trabalhadores e da juventude contra Trump e seus planos!