Recentemente, foi anunciado que a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (Correios) teve um prejuízo contábil de R$ 3,2 bilhões, em 2024. E passamos a assistir várias matérias na imprensa em defesa da privatização da estatal.
No Congresso Nacional, a extrema direita, através da senadora Damares Alves, lançou a proposta de “fiscalização e controle” dos Correios. Mas, não para que a estatal seja controlada pelo povo e, sim, para justificar mais ataques ao que ainda existe de função social na empresa.
Por outro lado, Fabiano Silva Santos, atual presidente dos Correios, nomeado pelo presidente Lula (PT), lançou o “Plano Estratégico de Trabalho”, no qual promete economizar R$ 1,5 bilhão, jogando a responsabilidade do prejuízo sobre as costas dos trabalhadores.
O plano inclui várias medidas que afetam diretamente a população, como o fechamento de diversas agências de atendimento, e os trabalhadores e trabalhadoras, como um novo formato de plano de saúde, que já passa por uma grave crise; a suspensão de férias; o fim do trabalho remoto; um plano de demissão voluntária; e, ainda, a redução da jornada, com redução de salário. Estima-se que, ao menos, 86 mil trabalhadores serão diretamente afetados por essas medidas.
Enquanto isso, os altos cargos da empresa, seguem com salários milionários para seguir com a precarização da empresa aprofundada nos anos de governo Bolsonaro, abrindo espaço para um projeto de privatização da empresa.