Emancipação Socialista
  • Quem somos
    • Nota de unificação
    • Manifesto
    • Perfil programático
  • Colunas
    • Contribuição Individual
    • Cultura
    • Educação
    • Entrevista
    • Formação
    • História
    • Internacional
    • Juventude
    • LGBT+
    • Lutas dos trabalhadores
    • Meio ambiente
    • Mulheres
    • Nacional
    • Nota
    • Política
    • Povos originários
    • Racial
    • Saúde
  • Publicações
    • Jornais
    • Conferência 2021
    • Revista Primavera Vermelha
  • Opressões
    • LGBT+
    • Mulheres
    • Racial
  • Formação
No Result
View All Result
  • Quem somos
    • Nota de unificação
    • Manifesto
    • Perfil programático
  • Colunas
    • Contribuição Individual
    • Cultura
    • Educação
    • Entrevista
    • Formação
    • História
    • Internacional
    • Juventude
    • LGBT+
    • Lutas dos trabalhadores
    • Meio ambiente
    • Mulheres
    • Nacional
    • Nota
    • Política
    • Povos originários
    • Racial
    • Saúde
  • Publicações
    • Jornais
    • Conferência 2021
    • Revista Primavera Vermelha
  • Opressões
    • LGBT+
    • Mulheres
    • Racial
  • Formação
No Result
View All Result
Emancipação Socialista
No Result
View All Result
Home Contribuição Individual

O Ecocídio e a Contradição no Governo Lula: Entre Exploração e Colapso Climático

20 de fevereiro de 2025
in Contribuição Individual
Fotografia de um senhor velho de camisa azul com um jornal na cabeça para se proteger do sol. Atrás, um guarda rodoviário e uma senhora e, mais atrás, um ônibus de transporte coletivo coletivo.
CompartilharCompartilhar

O Brasil atravessa um momento paradoxal, onde as promessas de mudança ambiental parecem cada vez mais distantes da realidade política e econômica em curso. O governo de Luiz Inácio Lula da Silva, que retornou ao poder com a promessa de preservar o meio ambiente e combater a devastação promovida pelo governo anterior, se vê agora em uma situação de contradições e escolhas que podem levar a um cenário de ecocídio. A recente disputa envolvendo o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) e a liberação de projetos de exploração de petróleo na Foz do Rio Amazonas é um claro exemplo disso.

A situação se agrava quando o próprio governo Lula começa a classificar órgãos de fiscalização ambiental como “inimigos” para o desenvolvimento econômico. O IBAMA, que tem se mostrado resistente à autorização da exploração de petróleo na Foz do Rio Amazonas, uma das áreas mais biodiversas do planeta, é visto por alguns membros do governo como um obstáculo ao progresso. Essa dicotomia entre ambientalismo e desenvolvimento econômico, no entanto, ignora o que está em jogo: a preservação dos ecossistemas essenciais para a sobrevivência das futuras gerações.

O governo, por um lado, busca expandir a exploração do pré-sal, uma das maiores reservas de petróleo do mundo, e, por outro, esbarra na resistência de órgãos técnicos e científicos que alertam sobre os impactos irreversíveis de tais projetos. A exploração na Foz do Amazonas, por exemplo, pode colocar em risco ecossistemas marinhos e fluviais únicos, cujas implicações para a fauna e a flora ainda são pouco compreendidas, mas claramente ameaçadas.

Em outra frente, o governo também parece seguir na mesma direção, ao liberar o maior plano de safra da história para a monocultura de grãos. A prioridade dada ao latifúndio e à expansão de grandes áreas para cultivo de soja, milho e outras commodities não só agrava o desmatamento da Amazônia e do Cerrado, como também acelera o processo de destruição da biodiversidade e contribui para a fervura  global. A monocultura, ao destruir os habitats naturais e empregar práticas agrícolas de alto impacto ambiental, intensifica a emissão de gases de efeito estufa e destrói as funções ecossistêmicas que poderiam ajudar a mitigar os impactos da mudança climática.

Estamos, por outro lado, sendo arrastados para um colapso climático que já começa a se manifestar de forma assustadora. Janeiro de 2025 registrou o maior aumento da temperatura global desde que se iniciou a coleta de dados meteorológicos: 1,75°C de elevação na temperatura média do planeta. No Brasil, este cenário se reflete em um verão devastador, com chuvas extremas e ondas de calor que já causaram mais de 40 mortes em tragédias ambientais. A sensação térmica em algumas regiões ultrapassou os 70°C, um sinal claro da gravidade da situação.

Esses eventos climáticos extremos são uma consequência direta da mudança climática impulsionada pela atividade humana. E, mais uma vez, o Brasil se vê no epicentro dessa crise, com políticas públicas que seguem beneficiando o latifúndio e a exploração de combustíveis fósseis, enquanto as populações mais vulneráveis são as mais afetadas por tragédias crimes provocadas por enchentes e deslizamentos produzidas por condições climáticas extremas.

É urgente que se fale de decrescimento, de um novo modelo de desenvolvimento que não dependa da expansão contínua da exploração de recursos naturais e do consumo. O decrescimento não é uma utopia, mas uma necessidade diante do esgotamento dos recursos do planeta e do colapso ecológico em curso. No entanto, este processo exige uma ruptura radical com o sistema capitalista, que coloca o lucro acima da vida e da sustentabilidade planetária.

Essa ruptura precisa ser ecossocialista, ou seja, precisa desafiar as estruturas de poder que perpetuam a desigualdade e a destruição ambiental. O capitalismo, ao promover a exploração indiscriminada da natureza e a concentração de riqueza nas mãos de poucos, nos conduz para um futuro de escravidão sem salário, onde as classes trabalhadoras e as populações marginalizadas pagam o preço das decisões políticas e econômicas tomadas por uma elite desconectada das realidades ambientais.

A proposta de uma ruptura ecossocialista é, portanto, a construção de uma nova sociedade baseada na solidariedade, na justiça social e na preservação ambiental. É necessário repensar o modelo de produção e consumo, apostando em alternativas sustentáveis e em um novo contrato social que assegure o bem-estar de todos os seres humanos e do planeta.

O Brasil está em uma encruzilhada. O governo Lula, que surgiu com promessas de mudança, se vê agora diante de um dilema profundo: continuar a exploração destrutiva de recursos naturais e contribuir para o ecocídio, ou construir um novo caminho baseado na justiça social e ambiental. A resposta a essa pergunta determinará o futuro do país e do planeta.

O tempo para agir é agora. O colapso climático não é uma ameaça distante, mas uma realidade que já está batendo à nossa porta. E, se não construirmos uma ruptura ecossocialista, poderemos ser reduzidos a meros escravos do capital, pagando com nossas vidas por um sistema que nunca nos incluiu.

 

Pedro Eduardo Graça Aranha –  Professor, Pesquisador Bolsista da Fiocruz e idealizador da Coalizão pelo Clima.

Artigo anterior

O futuro da Alemanha vai repetir o passado?

Próximo artigo

Editorial: A vida está cara, mas especuladores seguem enchendo a pança

Next Post
Na foto, um par de mãos de alguém manipula uma calculadora, apoiada em um carrinho de supermercado com algumas coisas dentro. Ao fundo, um corredor de supermercado.

Editorial: A vida está cara, mas especuladores seguem enchendo a pança

Jornal

Ver todos os jornais

Revista Primavera Vermelha


Ver números anteriores

Mais lidas

  • Charge onde mostra um burguês grande e gordo com um chapéu, fumando uma chaminé de onde sai muita fumaça, colocando a mão no ombro de um trabalhador.

    2024 começou com mais tragédias “naturais” e “ambientais”

  • Monopólios das indústrias de alimentos e o aumento da Fome

  • Brasil, País da Desigualdade Social

  • A farsa do empreendedorismo

  • A mentira da independência do Brasil

Emancipação Socialista

Redes sociais

Categorias

  • Contribuição Individual
  • Cultura
  • Educação
  • Entrevista
  • Formação
  • História
  • Internacional
  • Juventude
  • LGBT+
  • Lutas dos trabalhadores
  • Meio ambiente
  • Mulheres
  • Nacional
  • Nota
  • Política
  • Povos originários
  • Racial
  • Saúde
  • Sem categoria
  • Vídeo
  • Quem somos
  • Colunas
  • Publicações
  • Opressões
  • Formação

2023 Emancipação Socialista

No Result
View All Result
  • Quem somos
    • Nota de unificação
    • Manifesto
    • Perfil programático
  • Colunas
    • Contribuição Individual
    • Cultura
    • Educação
    • Entrevista
    • Formação
    • História
    • Internacional
    • Juventude
    • LGBT+
    • Lutas dos trabalhadores
    • Meio ambiente
    • Mulheres
    • Nacional
    • Nota
    • Política
    • Povos originários
    • Racial
    • Saúde
  • Publicações
    • Jornais
    • Conferência 2021
    • Revista Primavera Vermelha
  • Opressões
    • LGBT+
    • Mulheres
    • Racial
  • Formação

2023 Emancipação Socialista