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Home História

Guerra às drogas: hipocrisia, combate aos pobres e política imperialista

4 de novembro de 2025
in História, Nota, Saúde
Guerra às drogas: hipocrisia, combate aos pobres e política imperialista
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É difícil de acreditar, considerando o pensamento dominante atual sobre consumo e criminalização das drogas ilícitas, mas no início do século passado era possível ir a uma farmácia dos Estados Unidos (ou em outras partes do mundo) e pedir “de boa” uma quantidade de cocaína ou ópio. Era algo totalmente normalizado.

Recuando no tempo mais um pouco, houve duas ‘Guerras do Ópio’ (século XIX) nas quais as potencias imperialistas da época (especialmente, Inglaterra e França) defendiam o consumo da droga – muito lucrativa e fornecida por estes – contra o Império Chinês que queria limitar o consumo. É um evento que mostra a profunda hipocrisia como o tema é tratado a partir das grandes potências imperialistas, mas irradiado no moralismo, no senso comum e nos medos coletivos.

Durante o século XX, os EUA passaram a defender a bandeira antidrogas, o que geraria a famosa política de “guerra às drogas”, algo amplamente exportado para a periferia dependente em especial na América Latina.

Tal proibição gradativamente foi se ampliando e combinando com forte conteúdo ideológico, cada vez com novas roupagens e usos políticos. São décadas de “combate às drogas ilícitas”, mas o consumo destas só aumentou, ou pelo menos se manteve estável, dependendo do recorte.

Bem ao contrário do que dizem, a política de “proibicionismo” está na origem do comércio ilegal destas substâncias, na sua ampliação, enriquecimento e sofisticação: é a gênese do chamado de narcotráfico.

Nos Estados Unidos, mesmo o álcool se tornou ilegal ao redor dos anos 1920. E, lógico, logo surgiram as organizações ilegais que produziam, distribuíam e lucravam muito com a bebida desejada por milhões. A revogação da Lei Seca, em 1933, mudou o foco o foco da repressão do governo e conservadores: houve o endurecimento com medidas legais contra cocaína e maconha, esta que não sofria restrições até então.

Em 1961, em uma convenção internacional da ONU, foram estabelecidas regras e políticas sobre as drogas que seriam base para vários países. A ideia central era proibir drogas que não tinham “uso médico”. Seria um tratado internacional, do qual o Brasil é signatário. Mas o ano chave para a guerra foi 1972.

Nixon inicia a cruzada contemporânea antidrogas

A chamada “guerra às drogas” foi historicamente iniciada pelo presidente dos Estados Unidos Richard Nixon em 1972. A partir dali se fortaleceu o processo repressivo que vinha sendo constituído nas décadas anteriores: ampliou-se o combate ao tráfico e as operações internacionais seriam cada vez maiores. Este “combate” não reduziu em nada o consumo ou a produção, ao contrário, o tráfico de entorpecentes foi espalhado pela América Latina, em especial.

Na América Latina há boas condições para o cultivo e consolidação da cultura cocaleira e da cannabis, como o clima por exemplo. Tanto o calor e umidade para a maconha, como o frio seco para a coca, são encontrados na região. Vários países serviam de entreposto logístico da droga, mas o principal consumidor era o país imperialista central: os Estados Unidos.

Vale reforçar que Nixon instrumentalizou o combate às drogas vinculando isso ao controle sobre áreas urbanas efervescentes em ativismos sociais muito dinâmicos a partir da década de 1960, além do ativismo operário e negro. Rapidamente houve uma mudança na “demografia” das prisões pois a maioria branca foi substituída. Em 2022, os Estados Unidos mantinham 2,3 milhões de presos, dois terços de ascendência negra ou latina, ao contrário do que ocorria no início da década de 1970, quanto existiam 200 mil encarcerados sendo 70% brancos (conforme o Bureau of Justice Statistics).

Reagan, no início da década de 1980, usou a “guerra às drogas” como instrumento da geopolítica combinando militarismo, neoliberalismo e choques econômicos via FMI. Com a queda da “guerra fria”, a guerra às drogas seria a nova pauta de mobilização imperialista. Uma das receitas mais difundidas desde então é o encarceramento, amplamente visto no Brasil (3ª maior população encarcerada) e em outros países.

Na atualidade, Trump utiliza discursos semelhantes para justificar o bombardeio de barcos em áreas internacionais perto da Colômbia e da Venezuela, mas resume-se a um argumento para intervir na região politica e militarmente.

O saldo da “guerra às drogas” depois de mais de cinco décadas segue o mesmo: nenhuma eficácia nem bom resultado no combate que propõe, mas uma prática policialesca para um tema milenar da civilização. Também é o pano de fundo para as ações do assassino Claudio Castro, líder da chacina deste final de outubro que manchou de sangue o solo das comunidades cariocas atingidas. O crime – chamado de forma ridícula pelos dirigentes da chacina de narcoterrorismo¹ – de venda de drogas se recuamos um pouco mais de um século deixaria espantada toda a população que convivia com tolerância significativa ao consumo das mesmas. Hoje, o tema virou foco central da extrema direita e dos ultraconservadores, mergulhados numa hipocrisia obscurantista.

¹ Narcoterrorismo é um termo amplamente utilizado pela extrema direita internacional, a partir do trumpismo e de seu Secretário Marco Rubio. Em tese, seria a tentativa de traficantes de narcóticos em influenciar as políticas de um governo ou de uma sociedade por meio de violência e intimidação. Mistura dois conceitos diferentes e “unifica” grupos que se dedicam ao tráfico de drogas com grupos armados com motivação política como o Hamas, o antigo IRA ou o Estado Islâmico. É, na essência, um conceito distorcido para a disputa ideológica desqualificada, típica da extrema direita internacional que costuma utilizar dos medos sociais e vencer politicamente a partir disso.

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