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Home Cultura

Olavo de Carvalho na TV Escola: quando o objetivo é confundir

23 de janeiro de 2020
in Cultura
Olavo de Carvalho com a cabeça como uma privada aberta da qual sai uma mosca
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Em 9 de dezembro de 2019 a TV Escola lançou a série BRASIL: A ÚLTIMA CRUZADA. Com o objetivo de retratar nossa História sob viés ultraconservador a série foi realizada pela produtora Brasil Paralelo, entidade de capital privado. Ao longo dos seis episódios exorta os “cidadãos de bem“ a contribuírem financeiramente para acabar com o que chamam de Marxismo Cultural.

O MEC não contribuiu para o empreendimento e a TV Escola, ligada a esse ministério, não se responsabiliza pela qualidade do programa.

Uma teoria para justificar uma teoria

Quem assiste a série é logo apresentado à certa “teoria” de que o Marxismo Cultural, cujo principal expoente seria o filósofo italiano Antonio Gramsci, teve êxito em um único lugar do mundo: aqui, no Brasil.

Segundo os cientistas políticos, jornalistas e filósofos entrevistados a Esquerda traçou um plano de tomada do poder a partir do fim da Ditadura Militar e sua disseminação foi feita através de ideias, livros e produções culturais como músicas, novelas e filmes. O Marxismo Cultural, conforme é colocado, abandonou o ideal de revolução e tem ligação direta com a Escola de Frankfurt.

Em um vídeo também de dezembro do ano passado, Olavo de Carvalho (obviamente, um dos “especialistas” que participa dos episódios) levanta a possibilidade de ter sido Theodor Adorno quem compunha as músicas dos Beatles. Tal ideia não é apenas ingênua, é irresponsável. Adorno considerava o jazz, gênero ancestral do rock, um fenômeno de “regressão da capacidade auditiva” associado à Indústria Cultural que tanto criticava.

O programa afirma que o Marxismo Cultural foi tomando as instituições do Estado até, enfim, chegar ao poder executivo. Na série o PT é entendido como um partido de Esquerda que pretendeu consolidar o Comunismo em nosso país, conforme é atualmente alardeado pelos correligionários de Bolsonaro.

Comunismo nessa série, portanto, passa a ser compreendido como um conjunto de programas sociais e direitos muito mal assegurados junto às parcerias público-privadas.

Nenhuma reflexão é feita baseada na leitura de processos revolucionários ou de autores. As inverdades e informações baseadas em leituras superficiais perpassam todos os seis episódios.

Uma teoria para recontar uma História

A estratégia portuguesa da época das Grandes Navegações é elogiada e obviamente os portugueses chegam com excelentes intenções civilizatórias. O “surgimento” do Brasil é abordado como obra capitaneada pelo sujeito europeu. Revoltas, etnocídio e genocídio dos povos que aqui viviam e dos que vieram para cá escravizados são omitidas em toda a na narrativa.

Em um dado momento fala-se em “raças” e são citadas a ibérica, a nativa e a africana como formadoras do Brasil. Tamanha imprecisão não deve passar despercebida a nenhum estudante instruído em nossas escolas desse período da “Hegemonia” da “Esquerda” no país! E se hoje os jovens aprendem que biologicamente não existem raças, aprendem também que podem ser citados os grupos étnicos que participaram da formação nacional.

O alcance intelectual do programa é tão especulativo que africanos são pensados como grupos homogêneos e também os indígenas. E sob o termo índio centenas de povos muito diferentes culturalmente se agregam. Vieram para cá povos de religiões, idiomas e desenvolvimentos socioeconômicos variados. Omitir essas características é contar uma História única, colonizada e, portanto, reducionista.

A Cruzada, termo que a própria ultradireita brasileira escolheu para definir seu movimento belicoso e fundamentalista, cabe para demonstrar que liberais como PSDB também contribuíram para o que consideram como “Hegemonia da Esquerda”. Para isso, colocam no mesmo âmbito o PT de 2002 a 2016 e o neoliberalismo de 1994 a 2002. Poderíamos até considerar as semelhanças que a sempre fracassável política de conciliação de classes tem com o modelo francamente burguês, mas a Cruzada ultraconservadora tem outras facetas que merecem destaque.

O continuum percebido não é apenas nos últimos seis mandatos presidenciais. Getúlio Vargas é incluído nesse mesmo espectro, embora chamado de caudilho. O Nazifascismo e o Stalinismo (erroneamente chamado de Comunismo) são retratados como semelhantes. Explicar o Nazismo como uma doutrina de Esquerda é deturpação da ultradireita, já conhecida por todos.

Como é de se esperar, a Independência é apresentada como um ato de coragem de Pedro I e a Abolição da Escravatura como um desejo de uma moderna nobreza disposta a sacrificar o trono pela liberdade “desses homens”.

Manipulação para silenciar e controlar o oprimido

Nesse momento das aulas, o entrevistado é um cientista político negro que afirma que o Movimento Negro quer, mas não pode, apagar o papel da Princesa Isabel. Nunca se pretendeu apagar a assinatura da lei. As lutas de quilombos, fugas de escravos, manifestações religiosas não cristãs e a capoeira que são ocultadas em cada capítulo da série.

Em um dos episódios, Olavo de Carvalho referindo-se à antropofagia e à poligamia de indígenas afirma que um povo com esses hábitos “não é um primor de moral”. E não há nenhum esboço de compreensão do significado dos costumes na nossa sociedade. No lugar disso usa-se o termo “moral” de maneira religiosa.

Ao final dos seis episódios concluímos que esse programa sim é destinado à doutrinação. E toda a prática acusada de Marxismo Cultural (entendido como exposição da História não apenas pela ótica das classes dominantes) é alvo dessa cruzada ideológica.

Concluímos também que Cruzada é um termo realmente adequado para a série. As Cruzadas consistiram em movimentos destinados a propagar a fé cristã levando morte e submissão a judeus e muçulmanos na Idade Média. Eram doutrinadoras e vistas como invasões militares pelos povos do Oriente Médio.

Assim, há uma Cruzada ultraconservadora no Brasil com a tentativa de manipulação para se dizer que temos uma História bonita, de miscigenação e Império já que não tivemos guerras de independência como no Peru e no México, etc.

Busca-se a manipulação para tentar justificar a Escravidão com a alegação de que “a África também era escravista”.

Busca-se a manipulação para tentar fazer crer que a “América Pré-Colombiana era isolada e vivia integralmente na Pré-História”.

Busca-se a manipulação para tentar mostrar que o Brasil de Bolsonaro está “retornando aos valores verdadeiros e do bem”.

E, na verdade, o que já podemos apontar e sem manipulação é que estamos caminhando para um outro e profundo retrocesso social com um moralismo hipócrita e com uma tentativa de silenciamento da classe trabalhadora, que já mancharam a História do Brasil em outros períodos e que o governo de Bolsonaro tenta impor e das mais diversas formas.

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