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Home Cultura

Politização e esquerdização no mundo das escolas de samba?

27 de fevereiro de 2020
in Cultura
Logotipo do samba-enredo da Mangueira em 2020: A verdade vos fará livre. Um quadro com o fundo lilás, com um homem como crucificado. O homem é formado por recortes de várias pessoas de várias cores, mas o rosto é majoritariamente negro. Acima do homem lê-se "Carnaval 20 Mangueira" e, ao lado, a frase "(o amor) a verdade vos fará livre". O trecho "o amor" está riscado e, por cima, escreve-se "a verdade", formando o título do samba-enredo
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Desde o enredo da Paraíso do Tuiuti de 2018, quando esta agremiação trouxe a alegoria de Michel Temer como vampiro, fala-se em uma politização dos enredos das escolas de samba do Rio de Janeiro.

Seguindo essa dinâmica, em 2019, a Estação Primeira de Mangueira ganhou o primeiro lugar com o samba antológico História para Ninar Gente Grande, em que se exaltou os heróis esquecidos pela História oficial do Brasil como também a vereadora do PSOL, Marielle Franco, assassinada em março de 2018, crime ainda não elucidado.

Como a aprofundar esse processo, mais escolas apostaram na esquerdização dos temas que serão apresentados na Marques de Sapucaí, em 2020. Novamente, a Mangueira saiu à frente com a dupla vencedora de compositores do carnaval de 2019, Manuela Oiticica e Luiz Carlos Máximo, assinando a composição desse ano.

Ao despertar o ódio do Instituto Plínio Correa (falecido fundador da organização católica de extrema-direita Tradição, Família e Propriedade), o samba mangueirense de 2020 A Verdade vos Fará Livre, por outro lado, foi declamado pela diva do teatro brasileiro, Fernanda Montenegro, antes achincalhada pelo ex-secretário de cultura, o nazista Ricardo Salles. Na sua letra, a composição verde e rosa manda um recado contundente a Jair Bolsonaro: “Favela, pega a visão/Não tem futuro sem partilha/ Nem Messias da arma na não”.

Poderíamos também citar a São Clemente que detonou o Bispo Crivella: “Hoje, o vigário de gravata/ Abençoa a Mamata/ Lobo em pele de cordeiro…”. E mesmo a Portela que não só bateu em Crivella, como também em Bolsonaro: “Nossa aldeia é sem partido e sem facção/ Não tem ‘Bispo” e nem se curva a ‘Capitão’…”. Isso sem falar dos enredos da União da Ilha do Governador e da Mocidade Independente de Padre Miguel.

Tudo isso apontaria para uma perspectiva otimista em relação às escolas de samba, agremiações muito importantes na cultura carioca e do nosso país. Entretanto, essa perspectiva otimista não será o tom deste artigo. Vejamos o porquê.

Escolas de samba, árvores que perderam a raiz

Por um lado, a aparência atual mostra um processo de politização das escolas de samba e de suas composições, por outro lado, o processo de destruição das tradições comunitárias dessas agremiações tomou um rumo que jamais será revertido.

Vejamos somente um aspecto dessas tradições, as alas de compositores das escolas de samba: Mesmo com enredos baseados na História oficial do país contada pelos vencedores, as alas de compositores refletiam a comunidade das agremiações, onde para ser membro dessa seleta estrutura, um sambista tinha que apresentar um samba de terreiro, de meio de ano e ser aprovado pelos veteranos da ala. Só para citar, dois dos maiores nomes da história do samba (Martinho da Vila e Paulinho da Viola) passaram por essa “peneira” para se integrarem a ala de compositores da Vila Isabel e da Portela, respectivamente.

Entretanto, houve o advento do carnaval espetáculo voltado para a televisão e para a indústria do entretenimento nos anos 70. A chegada de artistas de classe média ligados à Escola Nacional de Belas Artes, que se tornaram carnavalescos das escolas, como Fernando Pamplona e Joãozinho Trinta, contribuiu muito para isso. Em consequência, os desfiles passaram a ser um caro e rendoso negócio, financiados por banqueiros de jogo do bicho, e, mais recentemente, por patrocínios e mesmo por milicianos.

O samba-enredo como expressão da cultura dessas comunidades, entretanto, foi se perdendo até se tornar uma marcha para a integração das classes médias. O portelense Antônio Candeia Filho chamou a atenção para essa destruição de espaços tradicionais das agremiações como as alas de compositores.

Por isso, nos anos 70, mestre Candeia fundou uma escola alternativa, a Grêmio Recreativo Arte Negra Quilombo, agremiação não competitiva que denunciou o carnaval espetáculo e gerou a ira dos carnavalescos da Escola de Belas Artes.

O alerta de Candeia se mostrou real. A descaracterização do samba-enredo foi um longo caminho, ao ponto de fazer com que todos se parecessem. Um pastiche, típico da indústria de entretenimento e dos milhões que movimenta.

Afinal, por detrás dessas composições estavam sempre os mesmos grupos de compositores. Proibidos de assinar em mais de uma escola, formavam “escritórios” que assinavam em várias agremiações com “laranjas” à frente, que só botavam a sua assinatura na composição. Entre esses “compositores” encontravam-se financiadores de torcidas que animavam o samba nas disputas. No final, todos, os do “escritório” e os “laranjas” tinham o seu percentual, oriundo dos direitos autorais e de outras receitas vindas da Liga das Escolas de Samba.

Os “escritórios” revelados

O ano de 2019 teve um fato que desnudou a engrenagem de “sambas de escritório” e havia perdurado por mais de duas décadas. Depois de serem derrotados na Portela, os verdadeiros autores do samba da Mangueira decidiram reivindicar a autoria da obra mangueirense. E para botar mais fogo nesse caldeirão, pela primeira vez um compositor assinou em duas escolas do grupo especial: Moacyr Luz, na Paraíso do Tuiuti e na Grande Rio.

O resultado desses dois fatores fez com que em 2020 se chutasse de vez o pau da barraca e se tirassem os disfarces. Por exemplo, Claudio Russo, compositor revelado pela Portela, assina samba em três agremiações (Viradouro, Vila Isabel, Paraíso do Tuiuti) , com certeza, porque já fazia isso há muito tempo. Junior Fionda, que ganhou várias vezes na Mangueira, agora assina na Beija-Flor porque também já deveria fazer isso antes e, assim, como André Diniz, o maior vencedor de sambas na história da Vila Isabel, que agora assina na Unidos da Tijuca.

O mais interessante são os novos autores de samba enredo. A cantora de música black e romântica, Sandra de Sá, virou uma das autoras do samba da Mocidade. Jorge Aragão, compositor tradicional, que no máximo fez músicas para o bloco Cacique de Ramos, se juntou a Dudu Nobre e assinam o samba da Unidos da Tijuca. E até (pasmem!) o humorista global Marcelo Adnet virou “sambista de mão cheia” na São Clemente.

Disso tudo se concluiu que para atrair tantos nomes, alguns bem conhecidos do grande público, o dinheiro proporcionado pela indústria do entretenimento engoliu as escolas de samba, é muito ruim.

Mesmo com enredos e composições mais politizados, as escolas de samba, por incrível que pareça, estão indo cada vez mais “à direita”, perdendo de vez qualquer traço com um passado cada vez mais distante, em que a ala de compositores de uma escola era a principal expressão. Estas, definitivamente, foram para o espaço. Enfim, esse contexto de tantas concessões não abriga mais retóricas e velhos discursos. Afinal, se é para ser profissional para que levantar bandeira? Não é o Mercado que manda?

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