Greve dos Garis – Rio de Janeiro

Uma forte greve dos garis no Rio de Janeiro, ao estilo do que já tinha acontecido em 2014, estourou em final de março. Enfrentando Eduardo Paes, os meios de comunicação, o Judiciário e a polícia, os garis atropelaram a direção do sindicato pelega e deram uma grande demonstração de força.

Parte de um processo de retomada das lutas (professores de Minas Gerais; rodoviários do RJ e Maranhão; servidores do INSS em 19 estados brasileiro e outros segmentos do funcionalismo federal) e em resposta à alta generalizada dos preços, os garis fizeram um ato com mais de dois mil trabalhadores em frente ao TRT/RJ e rejeitaram a proposta de reajuste de 8%, parcelado duas vezes, uma de 6% e outra de 2%.

O prefeito Eduardo Paes acusou a infiltração no movimento e a presença de baderneiros, que instrumentalizaram os piquetes na categoria. O ex-vereador do PSOL, Babá, chegou a ser detido. Diante da repressão do prefeito patronal, perguntamos aos militantes do PT, do PC do B e do PSOL (como o vereador Tarcísio Motta) que apoiaram Eduardo Paes como “mal menor”: não fazem nenhuma auto-crítica a esse vergonhoso apoio?

Por fim, o sindicato decidiu suspender o movimento, sem fazer uma assembleia, alegando a ocorrência das fortes chuvas que caíram no Rio de Janeiro. Essa atitude antidemocrática e burocrática gerou confusão, mas um setor conseguiu retomar a greve. Por fim, mesmo tendo alcançado mais de 80%  de adesão e sem conseguir grandes conquistas materiais, suspenderam o movimento, mas  sinalizaram um caminho para outras categorias que entraram em greve, como os metalúrgicos da CSN e o Comperj.

A volta da Censura?

O Ministério da Justiça e determinou, em meados de março, em caráter cautelar, para as plataformas que possuem os direitos de distribuição do filme “Como se tornar o pior aluno da escola”, de Danilo Gentili (estrelado por Fábio Porchat), que alterem a classificação indicativa do filme, que passou de 14 anos para 18 anos, recomendando que a exibição do filme em televisão aberta, apenas após às 23 horas.

A cena que gerou a polêmica mostra o personagem de Fábio Porchat mediando um conflito entre dois garotos e pedindo para que eles o masturbem. Por isso bolsonaristas apontaram que o filme, lançado há cinco anos, faz apologia à pedofilia. Fábio Porchat rebateu as críticas dizendo se tratar