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Home Contribuição Individual

O Colapso Ambiental e os Comunistas

22 de agosto de 2024
in Contribuição Individual, Meio ambiente
Desenho de uma fábrica em que a chaminé está transformada em uma mão, que agarra e puxa uma árvore pela copa.
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Renato Cinco

Política é programa, quando não temos o nosso programa, fazemos o programa dos outros. Quando nosso programa não está fortemente amparado na análise concreta da realidade é irrealizável e leva à derrota política. Dado o ineditismo do colapso ambiental e a ameaça existencial que ele representa é tarefa dos comunistas, à luz da tradição marxista, compreender o desafio e propor um programa político capaz de enfrentá-lo.

Para contribuir com este debate, mas longe de esgotá-lo, gostaria de trazer alguns pontos para a reflexão.

1- O capitalismo já nos instalou na Era das Catástrofes e já é impossível evitar que o mundo torne-se mais hostil à vida humana. Tudo o que assistimos pelo mundo desde meados de 2023, que no Brasil se manifestou principalmente na grande seca na Região Norte, na tragédia do Rio Grande do Sul, nas ondas e calor e nos incêndios florestais, ocorreu com a temperatura do planeta aquecido em média 1,5º C em relação ao período pré-industrial.

E sabemos que isso é apenas o começo, pois já está encomendado um aquecimento superior a 2º C com esta marca sendo atingida por volta de meados da década de 30. Para evitarmos o aquecimento de 2º C deveríamos ter limitado os gases de efeito estufa na atmosfera a 405 partículas por milhão (ppm), mas encerramos 2023 com 421 ppm. Para voltarmos a uma zona segura precisamos retornar a no máximo 350 ppm.

2- Vivemos o colapso das condições ambientais de reprodução do modo de produção capitalista que não pode ser superada sem a superação do próprio capitalismo. A razão de ser da produção capitalista é a obtenção do lucro através da produção de mercadorias e da exploração da mais-valia da classe trabalhadora. A natureza do capitalismo é necessariamente expansiva, o lucro só é possível se houver crescimento permanente da economia.

Para superarmos o colapso ambiental em curso precisamos que as decisões sobre a alocação das forças produtivas sejam tomadas em função da redução das desigualdades e do enfrentamento ao colapso. Ou seja, contrariando estruturalmente a razão de ser e a natureza do capitalismo.

3- Portanto, considerando que vivemos o colapso das condições ambientais de reprodução do modo de produção capitalista, considerando que a manutenção da taxa de lucro do capital exige cada vez mais, e não menos, exploração da força de trabalho e da natureza, considerando que aparentemente não há no horizonte a expectativa de superação do capitalismo, podemos concluir que, mantidas as tendências atuais, seguiremos avançando em direção ao colapso ambiental até o limite da capacidade de funcionamento da economia de mercado e dos Estados nacionais, ameaçando a sobrevivência da humanidade e de inúmeras outras espécies.

Vivemos um momento dramático e a classe trabalhadora precisa entrar em campo com seu próprio programa e auto-organização para alterar as tendências atuais. A superação do capitalismo deixou de ser um programa para a emancipação da humanidade e tornou-se um programa para a sobrevivência desta e de inúmeras outras espécies.

O capital tem o seu programa para o colapso ambiental e ele passa fundamentalmente pela criação da ilusão de que é possível um capitalismo verde, de criação de oportunidades de negócios gerados pelos desastres e na financeirização de ativos ambientais, como o mercado de carbono.

Cabe aos comunistas contrapor o programa do capital ao nosso próprio programa. O colapso ambiental é fruto de uma convergência de crises ambientais e precisa ser respondido no seu amplo espectro: zerar as emissões dos gases de efeito estufa e retirar carbono da atmosfera; parar o desmatamento e reflorestar; desobstruir os rios e despoluir as águas, incluindo os oceanos; destruir o agronegócio globalizado e investir na produção agroecológica local; abolir a obsolescência programada etc.

Limitados pelo pensamento reformista, as correntes hegemônicas da esquerda brasileira são incapazes de aceitar a necessidade de superação do capitalismo e refugiam-se numa espécie de negacionismo sutil. Não negam o colapso ambiental, mas preferem chamar de ‘crise’. Não negam a responsabilidade do capitalismo na produção do colapso, mas se apegam à ideia de que é possível reformar e adaptar o capitalismo às demandas impostas pela natureza.

Para superar o colapso ambiental precisamos superar o capitalismo e, para tanto, precisaremos superar também a hegemonia reformista que domina a esquerda no Brasil e no mundo.

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