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Home Meio ambiente

István Meszáros e o colapso ambiental

16 de outubro de 2025
in Meio ambiente
Charge que mostra um homem branco careca, de terno e gordo, um industrial, fumando um cigarro, em frente à uma indústria que polui o céu com a fumaça que sai de suas chaminés e que forma o símbolo de cifrão nas nuvens.
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Caracterizado por Mészáros¹ como um sistema essencialmente destrutivo, umas das consequências perversas do sistema do capital é a destruição do meio ambiente em larga escala. O sociometabolismo do capital a partir de suas tendências expansionistas e destrutivas é incompatível com a natureza, pois a “lógica produtiva” em busca do lucro crescente leva a uma dinâmica de progresso associado ao desperdício. Este modelo não é capaz de alcançar equilíbrio social ou ambiental, dada suas contradições inerentes.

Nas elaborações de Marx e Mészáros, a reorganização das relações de trabalho e do modo produtivo precisa contemplar a desalienação do trabalho e, ao mesmo tempo, a compatibilidade entre a humanidade e a natureza. É visível que o desenvolvimento destrutivo do capitalismo – especialmente após a revolução industrial – pode levar ao extermínio da humanidade e não há tempo a perder. A ameaça ao meio ambiente é mais um fator que coloca a urgência da transformação social revolucionária na ordem do dia.

O colapso ambiental atual é uma crise civilizatória que recoloca para os socialistas a questão ambiental como um elemento central, tema secundarizado por inúmeros grupos e correntes por décadas. A crise estrutural do capital se combina com tais elementos e é “incontrolável”, pois sua irracionalidade expansionista e a busca crescente e desmedida pelo mais-valor leva a um ciclo de “descartabilidade” acelerada na produção e o estímulo neurótico pelo consumo de mercadorias: tais aspectos, combinados, geram destruição ambiental em escala planetária inédita. Cada vez mais as mercadorias embora mais tecnológicas – celulares, TVs, carros, eletroeletrônicos, etc. – tendem a durar menos.

Como define Mészáros, a “(…) contradição básica do sistema capitalista de controle é que ele não pode separar ‘avanço’ de destruição, nem ‘progresso’ de desperdício – ainda que as resultantes sejam catastróficas. Quanto mais destrava os poderes da produtividade, mais libera os poderes de destruição; e quanto mais dilata o volume da produção tanto mais tem de sepultar tudo sob montanhas de lixo asfixiante”.²

Ainda, no capitalismo contemporâneo, as barreiras à produção capitalista são superadas pelo próprio capital, na luta incessante pela sua reprodução, custe o que custar. Esta dinâmica é crescente, por vezes com um viés parasitário e assume a forma de uma espécie de autorreprodução destrutiva, “em oposição antagônica à produção genuína”, ou seja, valores de uso racionais: trata-se de “um desafio direto à sobrevivência da humanidade”.³

Em entrevista ao MST, em 2011, o filósofo aproximou as considerações teóricas à situação concreta no campo brasileiro: “o grande capital domina o agronegócio e produz destruição, porque a sua única razão é o lucro. Destrói florestas e tantas outras coisas, inclusive com o uso de venenos químicos que se coloca na terra. O futuro e a sobrevivência humana dependem da resistência ao poder financeiro do grande capital nesse campo”. Para Mészáros, a alternativa é um expressivo movimento de massas, ou seja, uma luta unificada que supere a fragmentação e possa fazer surgir “educação e modelo viável de produção, uma forma de vida sustentável”. Trata-se de um caminho essencialmente anticapitalista.4

A disjuntiva socialismo ou barbárie, neste sentido, é absolutamente urgente e realista considerando que jamais houve um sistema de produção na história da terra que possa remotamente ser comparado ao desperdício do atual modelo de acumulação. Neste caminho não há futuro para o meio ambiente como reconhecemos, nem para a humanidade, a não ser numa perspectiva distópica amplamente retratada na arte em filmes como os cinco longas-metragens da saga Mad Max, O dia depois de Amanhã ou o impressionante Elysium (2013). Em tal ritmo, temos ainda um curto período pela frente daquilo que nos acostumamos a identificar como o planeta que garante nossa sobrevivência.

Notas

(¹) István Mészáros foi aluno e se tornou um seguidor intelectual de Lukács, um dos principais filósofos do marxismo do século XX. Mészáros se consolidou como um dos mais importantes intelectuais marxistas da atualidade. Lecionou Filosofia na Universidade de Sussex, na Inglaterra, e na Universidade de York.

(²) Idem. A crise estrutural do Capital, 2011.

(³) I. Mészáros. O poder da ideologia, 2012.

 

 

 

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