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Home Internacional

Talibã, filho bastardo do senhor da guerra

16 de novembro de 2021
in Internacional
Charge mostra combatente do Talibã sentado com cara de sarcasmo, apoiando uma metralhadora nas costas de uma criança deitada
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Em 30 de agosto último se cumpriria o Acordo – assinado em 29 de fevereiro de 2020, em Doha no Catar – entre Estados Unidos e Talibã com o propósito de restabelecer a paz no território afegão após 20 anos de ocupação militar estadunidense.

Porém, no dia 15, duas semanas antes, o Talibã tomou a capital do Afeganistão, Cabul, o que levou Ashraf Ghani, presidente afegão, a fugir pelo Tadjiquistão. O vice Amrullah Saleh, ex-informante da CIA, integrou o Diretório Nacional de Segurança, montou uma rede de espiões e chegou a se declarar presidente interino, mas foi derrotado.

O que é Talibã

No fim dos anos 80, as madraças (escolas religiosas no Paquistão, patrocinadas por sauditas que se opunham à ocupação soviética no Afeganistão) deram origem às milícias do Talibã. A maioria dos estudantes era da numerosa etnia sunita pashtun, seguidora de um código de conduta e honra rígido, que unificava todas as suas quatro confederações tribais.

O Talibã é, portanto, um movimento fundamentalista do ramo sunita que prega uma dura interpretação da lei muçulmana (Sharia) e do Alcorão. Foi no movimento mujahid, de combate ao Socialismo, que deu origem às milícias do Talibã. Os mujahedin receberam equipamentos e treinamento dos Estados Unidos sob o pretexto de expulsar as forças estrangeiras, no caso, soviéticas.

No recente retorno do Talibã ao poder, o enfrentamento ocorreu por parte daqueles que defendem o regime soviético. Desde agosto, ocorrem disputas entre os pashtuns e os panjshiris (combatentes do Vale de Panjshir, norte de Cabul). Os combatentes da Frente Nacional de Resistência enfrentaram com armas insuficientes o arsenal Talibã. Foi a primeira derrota da província. Durante a vigência do governo dito socialista na URSS e a intervenção soviética no país (1978 a 1989), as milícias do Vale do Panjshir contavam com o apoio do Ocidente. A região resistiu também ao primeiro governo Talibã (1996-2001).

Talibã: desmonte da Revolução no Afeganistão

Em abril de 1978, o Afeganistão vivenciou a tomada do poder pelos comunistas durante a Revolução de Saur. Era um país agrário, de características compatíveis com o feudalismo pois, o poder era exercido pelos proprietários locais.

Os revolucionários se dividiam em dois grupos. Houve uma conjuntura difícil, de fome, após o golpe de oficiais que derrubou o primeiro-ministro que contava com apoio soviético, mas, mandava matar comunistas. O grupo Parcham (Bandeira) era composto por militantes de origem urbana e defendiam aliança com todas as forças progressistas nacionais. Queriam moderar o processo e tinham a simpatia da KGB. O Khalk (Povo), cujos militantes vinham de famílias rurais, pashtuns em sua maioria, queria a continuidade da reforma agrária e a manutenção da suspensão de pagamento de dote à família da noiva. Ou seja, almejava mudanças mais profundas.

Após uma divisão no grupo Khalk a União Soviética invadiu o país, em 24 de dezembro de 1979. Como fez com outros processos revolucionários no mundo, o stalinismo interveio e procurou congelar o que acontecia no Afeganistão. Construir um novo ser humano só seria possível com a intensificação do processo revolucionário, especialmente no que diz respeito à condição da mulher e ao uso da terra, questões em que a sociedade afegã é terrivelmente hierarquizada.

Para o Ocidente, que compartimentou separadamente religião e política, é como se o Talibã tivesse características da Idade Média. Mas, não é um elemento deslocado no mundo da Globalização Neoliberal. Na verdade, é uma reação às disputas imperialistas na região. O conceito de nacionalidade não faz sentido para os militantes, pois o primordial é o Islã. Têm elevado senso de hierarquia, no extremo oposto da democracia burguesa. Como vem sendo alardeado pela grande mídia, não concebem equidade entre gêneros e oprimem ostensivamente as mulheres. Não aceitam a cobrança de juros.

Talibã serve aos poderosos (Khans)

A Al-Qaeda e o Estado Islâmico, assim como o Talibã, são resultados do imperialismo no Afeganistão. Antes dos Estados Unidos, o Império Britânico mostrou suas garras por lá. O que diferencia o Talibã dos dois outros movimentos é a forma como compreende a jihad, não é um imperativo (Essa guerra santa é exercida através do poder local). A dita “Esquerda” de vocação stalinista confunde essa característica com nacionalismo, o que está errado.

O ataque às Torres Gêmeas em Nova York em 11 de setembro de 2001 foi, por exemplo, um episódio da guerra santa (jihad) implementada pela Al-Qaeda. O Talibã não é opositor dos demais movimentos islâmicos e protegeu Bin Laden. Esse foi o pretexto para os Estados Unidos atacarem esse governo, já que não servia mais (após cumprir a tarefa de contribuir para a saída da ex-URSS).

A retirada das tropas dos EUA não foi, portanto, uma vitória do nacionalismo afegão. Já a burca, tão criticada, não é uma invenção Talibã. É costume dos pashtuns que vem sendo imposto aos territórios mais reativos ao Talibã. Onde é melhor recebido, a burca nem é tão cobrada. Logo, trata-se da aplicação de uma concepção de mundo totalizadora e reacionária.

Mesmo apresentando-se como inimigo dos Estados Unidos, o Talibã não é anticapitalista. A sociedade afegã é repleta de elementos pré-capitalistas bem conjugados com a essência do sistema: a desigualdade social e a exploração do homem pelo homem.

O Talibã é financiado pelo tráfico de drogas, como o ópio, por extorsões e sequestros. A exploração ilegal de recursos naturais afegãos através, por exemplo, da mineração também é uma fonte de recursos. Além disso, recebe doações de apoiadores ricos. Nada que vá pôr em risco a miséria de boa parte do mundo, tão importante para o sistema capitalista.

O Talibã mandou as tropas norte-americanas embora. Mas, não fez revolução. O Afeganistão não é o Vietnã. Lá, nos anos 60, guardadas as devidas diferenças, os trabalhadores estavam em luta por seus interesses, pelo Socialismo. Expulsaram o imperialismo, expropriaram a burguesia e chegaram à economia planificada. Assim, como há 43 anos, parte dos afegãos também ousou estar. O imperialismo não tolerou isso e fomentou a criação de milícias fundamentalistas.

Ainda não chegou o tempo dos afegãos realizarem o sonho de seus estudantes que, nos anos 70, gritavam “morte aos Khans” (senhores). A luta final, por uma terra sem amos, terá de derrotar o Talibã.

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